Otávio tem 7 anos e é um menino alegre, determinado e muito compromissado com seus deveres. Quando estava na barriga da sua mamãe Suelen, seus irmãozinhos estavam super animados para o seu nascimento. Apesar de todo cuidado durante a gestação, o nosso herói nasceu prematuro, com paralisia cerebral, epilepsia e não enxergava.
Não é uma notícia que uma família espera ouvir de um médico, e seu quadro foi bastante delicado. Após 2 meses internado, o nosso guerreiro enfrentou uma cirurgia para conseguir enxergar, pela primeira vez, o rosto da sua “mama”.
O médico encaminhou Otávio para a Casa da Esperança de Santos, onde sua história encontrou um novo caminho. “O Otávio chegou na Casa com 1 ano de idade e não sentava, não erguia a cabeça, não engatinhava apenas ficava deitadinho… Ele tomava apenas leite e não conseguia comer nem papinha” relembra a mãe emocionada.
A dedicação e o cuidado dos profissionais durante as terapias, proporcionou para a vida do pequenino progressos como sentar e até andar sozinho. Movimentos simples para a maioria, mas de grande valor aos que o acompanharam. Aos 3 anos, foi submetido a uma cirurgia e superou mais obstáculos como memorizar as cores, formas, comer papinhas e falar. “Foi uma melhora de 1000%! Ele chegou na Casa totalmente desabilitado e hoje consegue ser uma criança independente, mesmo com suas limitações” conta Suelen orgulhosa.
Além dos tratamentos médicos e terapêuticos aos pacientes, a Instituição oferece suporte e atividades complementares aos responsáveis. “Na Casa, eu achava que só era focado para as crianças, mas também para as mães e me pegou de surpresa… Não foi só a criança amparada, as mães também são” comenta Suelen.
A nossa fisioterapeuta, Vanessa Cirilo, relembra o primeiro momento da chegada do Otávio e o medo que a mãe tinha em relação ao seu filho. “Ele tinha muito atraso no desenvolvimento global, tanto na questão motora quanto nas questões de desenvolvimento. Ele não manuseava brinquedos e não falava, mas depois ele se devolveu muito bem! Ele é um menino muito alegre, esforçado e empenhado nas atividades” relata Vanessa.
Por conta do isolamento social, a Instituição se adaptou para continuar sua assistência nos tratamentos de cada paciente. “Desde que estamos em casa a fisioterapeuta tem feito vídeos chamadas e o carinho que os funcionários têm pelos pacientes é muito grande” afirma a mãe Suelen sobre o período da quarentena.
“A Casa da Esperança é a nossa 2ª família. Cada momento e vitória que o Otávio teve, não foi só comemorado por mim, mas por todos eles. Na verdade, só existe uma palavra quando se pensa na Casa da Esperança de Santos: gratidão” finaliza Suelen.